Se você entrar na Ilha através de agência de turismo, seja ela cubana ou brasileira, certamente irão lhe convencer que Cuba é ótima para se visitar o ano inteiro e que em qualquer mês você irá desfrutar de sua estadia.
Não é bem “assim que a banda toca”, como se diz no Brasil.
Nos meses de Janeiro e Fevereiro chove muito e se você estiver em Havana, além das chuvas muito fortes (que eles curiosamente chamam de “Chuvascos”), vai se depararar com grandes inundações.
Essas inundações não são como as nossas, que são causadas por má drenagem das águas das chuvas, por entupimento dos dutos ou obras de saneamento mal planejadas.
As inundações em Havana são causadas pela alta da maré. A maré sobe de forma arrebatadora e toma conta de um grande trecho do Malecon, invadindo as ruas próximas dele. Nesse Janeiro/Fevereiro de 2016 por exemplo, a maré subiu e inundou até a quinta quadra paralela ao Malecon.
Já nos meses de Outubro entra a temporada dos Ciclones. Ainda não vi nenhum, mas só com o relato de tudo que meu marido já sofreu com eles, me assustam.
Em Julho e Agosto as temperaturas sobem muito. Só vá nessa época se você estiver habituado com calor forte. Aliás, forte não, fortíssimo!
Nesses meses, entre 10:00 e 16:00, é muito difícil ficar caminhando para conhecer as ruas, praças, monumentos, museus e a arquitetura de Cuba.
Também nesse período, em todo o país, ocorrem as férias escolares, o que significa que as praias mais populares estarão superlotadas.
Porém, após as 16:00, você poderá passear à vontade, lembrando que nessa estação o anoitecer se inicia só depois da 20:30. E é uma delícia estar nas ruas ou praias, sem se preocupar com falta de segurança, longe da violência urbana.
Muito bom poder voltar para o Hotel, ou “Casa de Renta”, apenas quando as pernas cansarem, ou quando te der “ganas”.
É quando anoitece que você se dá conta de que está numa Ilha.
Diferente do verão do Rio de Janeiro, quando o calor continua mesmo à noite, em Cuba, quando o Sol se vai, a noite trás um ventinho, uma brisa deliciosa que nos convida para os bares, ou para os bancos da praças. Os habitantes da Ilha, sentam-se nas portas das casas para conversar, trocar as fofocas do dia, observar os turistas que passam, ou simplesmente relaxar.
Sempre haverá um grupinho de homens jogando dominó, e outro de mulheres “chismosas”.
Raro o barzinho que não tenha música ao vivo. Tudo muito simples, tudo muito modesto, mas ao mesmo tempo e talvez por isso, encantador.